Summary: | Recorrendo à perspectiva da violência de gênero, esta pesquisa analisa a influência da cultura patriarcal sobre a ciência, juntamente com seus reflexos sobre as práticas jurídicas. Assim, o trabalho tem por objeto a naturalização da violência contra a mulher. Mulheres são violentadas diariamente no Brasil, enquanto a naturalização da violência ancora-se em estruturas fixas que sustentam os comportamentos definidos pela estrutura do patriarcado. E aqui fica clara a contradição existente na sociedade brasileira: avanços nas políticas públicas da “Lei Maria da Penha” e a estruturação do crime de homicídio qualificado na figura típica do “Feminicídio”, de um lado; e, reforço cultural ao machismo, via naturalização, por outro. Através do método hipotético dedutivo, com uma abordagem quantitativa e qualitativa de julgados e estatísticas de violência contra a mulher, fica evidente a recorrência e extensão desse problema. Os resultados desta investigação apresentam uma tipologia de situações empíricas que reafirmam os pressupostos da persistência da violência baseados em gênero. Assim, esse estudo propõe uma análise crítica à reincidência dessa fatídica prática milenar que, apesar de constante, urge ser suprimida
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